Relatório da ONG Todos Pela Educação mostra que maior
desafio é colocar população de 15 a 17 anos dentro das salas de aula
Apesar dos esforços de universalização da educação básica
nas últimas décadas, o Brasil registrava 3,6 milhões de crianças e jovens fora
das salas de aula em 2011. É isso que mostra um relatório divulgado nesta
quarta-feira pela ONG Todos Pela Educação, com base nos dados da última edição
da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad). Segundo o levantamento,
o Brasil já conseguiu incluir 92% da população entre 4 e 17 anos na escola, mas
ainda se mantém distante da meta de 98% de inclusão estabelecida pela entidade
para 2022, ano do bicentenário da Independência.
É no estado do Piauí que está a maior taxa de atendimento
escolar: 94,8%. No extremo oposto estão Amazonas e Amapá, ambos com 88,7%. Já
em números absolutos, São Paulo tem o maior contingente de crianças e jovens
fora da escola: 575.000.
Os números mostram ainda que o grande desafio do Brasil é
colocar a população entre 15 e 17 anos nas salas de aula, faixa etária
correspondente ao ensino médio. Em 2011, a taxa de atendimento desse grupo era
de 80,6% o que significa que 2 milhões de jovens não estavam matriculados em
nenhuma etapa da educação básica.
Outro ponto de destaque do relatório é a defasagem de uma
parcela considerável da população em idade escolar: apenas 64,9% dos jovens com
16 anos têm ensino fundamental completo. A pior situação é no estado de
Alagoas, onde 38,9% dos jovens nessa idade ainda não concluíram o 9º ano. Por
outro lado, em Mato Grosso, esse percentual é 83%, o maior do país.
Em relação ao ensino médio, apenas 51,1% dos jovens com 19
anos concluiu a última etapa da educação básica. A pior situação é do estado de
Amazonas, com 33,9%. No extremo oposto, em Santa Catarina, esse percentual é
69,8%.
Fonte: http://veja.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário